segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Corre, Jeremias, corre!


É , Jeremias. Agora sim. “A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou”. O avião partiu, e você ficou. Ficou no meio do deserto. Não era você que tinha tudo, Jeremias? Afinal, o jatinho era seu, a empresa era sua, os amigos eram seus. A mulher era só sua?
Calma, meu amigo, ainda tem centenas de notas de cem nos bolsos. Está tudo bem. Tem com o que limpar as partes. Santo petróleo! Aliás, vai saber não está agora bem cima de uma das maiores reservas ainda não descoberta! Veja bem, as coisas ainda podem ser vistas pelo “lado bom”. O que? Vai me dizer que vai passar frio com um terno Aramis?
Quer saber por que seus sócios fizeram isso? Bom, são seres humanos como você, oras. São pessoas amáveis e confiáveis. Por isso dividiram o seu dinheiro e a sua esposa. Mas muitos se orgulham de você, meu caro. Que homem trabalhador você é!

Chega aqui perto deixa eu te falar uma coisa de amigo para amigo. A Marta, sua esposa, que mulher maravilhosa! Mas ela cansou de diamantes, ela queria um marido. E o pequeno Jorge, menino sortudo, sempre teve tudo que quis, menos um pai. Jeremias, quando a gente gosta, a gente cuida.
Enfim, teve gente aí que sobreviveu quarenta dias no deserto, não é mesmo? Vai, vai que dá tempo. Corre, Jeremias, corre!

Um comentário:

  1. cara... eles estão fodidos se o jeremias conseguir voltar.

    "se eu pudehe ô mataha mil!"

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